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O Mercado Informal em La Paz

Partindo do pressuposto da distinção entre os dois circuitos da economia da cidade, colocado por Milton Santos, como circuito inferior e circuito superior da economia, sendo o primeiro caracterizado pelo o baixo emprego da tecnologia, por capital não intensivo, comércio de pequena escala, enquanto o circuito superior é caracterizado pelo o grande comércio, a indústria de exportação e serviços modernos, com grande capacidade de acumulação. A partir disto podemos inferir que a cidade de La Paz possui uma economia que é caracterizada pelo o circuito inferior nos termos em o autor expõe.


Segundo o Centro de Pesquisa Econômica e Financeira da Universidade de EAFIT na Argentina, a Bolívia é o país que possui os maiores índices de economia informal da América Latina. A economia das grandes cidades como La Paz, apesar de ter pontos de ligações globais, as multinacionais é os serviços especializados voltado ao capital internacional, é movida em boa parte pelo o mercado informal, grande parte dos produtos são comercializados nas ruas (camelôs) e conseqüentemente a grande maioria da população possuem empregos informais, como nos mostra o gráfico abaixo:



Gráfico 01: A proporção de empregos no setor informal – retirado de “Una Perspectiva econômica sobre la informalidad em Bolivia- Fundación Milenio”


Contudo é importante entendermos o contexto econômico que favorece a coexistência desses dois circuitos da economia da cidade, a Bolívia enquanto país subdesenvolvido está inserido, ou parcialmente inserido na economia global, devido às estratégias de inovações no pós-guerra, na associação entre indústria, tecnologia e ciência que emergiu dos países centrais (Europa, EUA e Japão) se propagaram pelo o resto do mundo englobando os países de economia atrasada, os países periféricos. As tecnologias de informação que permite a difusão ideologias e valores para o mundo, incluindo a padronização do consumo e o desejo de consumir, esses dois últimos aspectos são fundamentais tanto para o circuito superior como para o inferior, ou seja, a matriz dos dois circuitos é a mesma, a difusão da informação e a padronização do desejo de consumir.


Dessa forma podemos notar no caso de La Paz, o circuito inferior, ao mesmo tempo em que ele é fruto desse desejo do consumo, ou seja, o desejo de consumir algo similar e mais barato do que é comercializado no circuito superior (a padronização do consumo) é também outra coisa, a comercialização de produtos típicos da região andina aue possui outra postura frente ao consumidor, ele é dotado de uma relação mais pessoal, de contato direto, face a face entre comerciante e o consumidor.


Imagem 01 – Comércio nas ruas de La Paz-Bolívia


Referências:


SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. São Paulo, Edusp, 2002.


Sites consultados:


http://www.eldiario.net/noticias/2015/2015_10/nt151019/economia.php?n=39&-bolivia-con-informalidad-mas-alta-de-la-region, Acesso em 20/12/2016

http://www.kas.de/wf/doc/2301-1442-1-30.pdf, Acesso em 20/12/2016

http://www.mochileiros.com/bolivia-la-paz-chacaltaya-lago-titicaca-isla-del-sol-copacabana-t43770.html , Avesso em 21/12/2016.



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