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Saara, muito além do comércio de rua

SAARA, é uma sigla: SOCIEDADE DE AMIGOS E ADJACÊNCIAS DA RUA DA ALFÂNDEGA, nascida oficialmente em 1962.. Composto por mais de 1.200 lojas é considerado o maior shopping ao céu aberto do mundo.

Abriga o comércio popular da cidade do Rio de Janeiro desde o fim do séc. XIX quando era local de venda de insumos por atacado de tecidos e materiais para costura.


Sua trajetória varejista teve início quando um lojista foi obrigado a atender uma senhora da elite carioca e lhe vender 25cm de tule, imediatamente percebeu a oportunidade de vender diretamente aos clientes.


Fonte: www.apontador.com.br%2Flocal%2Frj%2Frio_de_janeiro%2Fmagazines%2FC4085494370C4Z0C40%2Fsaara.html&psig=AFQjCNHy_3MFBWNcTZgMDal8tZLjhlLSxg&ust=1482322428068996


Rua da Alfândega com Rua da Candelária, 1890.


Nesse período, muitos imigrantes sírios e libaneses desembarcaram no Brasil: “Os (sírios e libaneses) que chegavam ao Rio de Janeiro encontravam hospedagem no Hotel Boueri, que ficava na Praça da República, entre as ruas da Alfândega e a desaparecida General Câmara. Encontravam hospedagem e alimentação barata, além de reverem parentes e semelhantes. Os imigrantes que chegavam passavam por adaptações e aclimatações, sendo indicados por aqueles que já estavam instalados em terras brasileiras a procurarem marceneiros de qualidade para forjarem armarinhos ambulantes”, conta o historiador Vitor Almeida, que escreve para o site Rio Suburbano.


“Os mascates tiveram grande importância na disseminação do comércio ambulante do Brasil. Com suas caixas de tamanhos variados, transportavam todo tipo de objetos para serem comercializados, desde as grandes cidades até os mais remotos pontos dos sertões. Conhecidos como ‘turcos’, independentemente de sua nacionalidade, levavam utilidades, conforto e progresso por onde passavam. A caixa de mascate tornou-se um dos símbolos do progresso brasileiro, mesmo com seu trabalho informal. Vendiam a prestações, tendo como garantia de crédito a palavra. Com essas andanças comerciais, muitos dos antigos ambulantes conseguiram fazer fortuna no Brasil, tornando-se grandes empresários”... “Muitos viam a então América portuguesa como uma chance de recomeço (ou, quem sabe, um começo, propriamente dito)”, destaca Vitor Almeida.


Em 1962, o então Governador Carlos Lacerda queria fazer uma via que ligaria a praça XV até a Central do Brasil, destruindo muitas lojas. Os comerciantes locais demoveram o governador dessa idéia ao lhe argumentar que eles eram os maiors pagadores de ICM do estado. A obra não foi feita.



Carlos Lacerda na Rua da Alfândega (Arquivo pessoal de Demétrio Habib)

A região do SAARA vai, da Praça da República até a Rua dos Andradas e, da Rua da Alfândega até a Rua Buenos Aires.


O SAARA é referência, seja em questões econômicas, políticas, culturais e sociais. Teria sido denominado como a ONU Brasileira, por agrupar em um mesmo espaço árabes, judeus e cristãos. Podemos destacar o famoso café "Bunda de Fora", histórico ponto de encontro entre os comerciantes do local, tão pequeno que seus frequentadores ficavam com suas bundas de fora! É também um pólo de propaganda política para aqueles candidatos populistas, já que concentra grande número de pedestres.


REFERENCIAS:


http://riosuburbano.blogspot.com.br/2012/11/saara-50-anos-de-historia_18.html

http://diariodorio.com/histria-do-saara/

http://www.saarario.com.br/

http://www.saarabrasil.com.br/


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