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A metrópole de Manaus: uma breve introdução e seus aspectos principais

Manaus é uma importante metrópole brasileira, capital do estado de Amazonas, classificada no terceiro nível de importância entre elas, segundo as Regiões de Influência das Cidades de 2007, produzido pelo IBGE, baseado na densidade populacional e na abrangência e centralidade das metrópoles. Com população estimada em cerca de 2 milhões de habitantes (IBGE, 2016), tem seu relevo bem diverso, variando desde áreas de planície até outras de planaltos. O clima típico é o equatorial úmido (proximidade da cidade em relação à linha do equador), marcado por temperaturas elevadas, baixa amplitude térmica e elevada pluviosidade - acima de 2000 mm de chuvas, bem distribuídas ao longo do ano - fato que mantém os índices de umidade elevados.


Região Metropolitana de Manaus


A Região Metropolitana de Manaus (RMM) foi criada a partir da Lei Estadual nº 52 de 2007, a partir da conturbação da cidade de Manaus, sede da RMM, e os municípios de Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto Eva. Juntas possuem a população de 2,5 milhões de habitantes segundo dados do IBGE (2015), sendo 11º Região Metropolitana mais populosa do país e a maior territorialmente com 101.475 km2­.


Figura 1: Ilustração da Região Metropolitana de Manaus, de acordo com sua divisão política


A região também é conhecida como “A Grande Manaus”, não à toa, uma vez que esse município abriga importantes setores econômicos, educacionais, transportes e infraestruturas, como é o caso da Zona Franca de Manaus, criada em 1967, através do Decreto-Lei nº 291, que visa, por meio da isenção de impostos da indústria, o desenvolvimento econômico da região.

A Refinaria Isaac Sabbá, também é um exemplo do desenvolvimento econômico, tendo o início de suas atividades em 2000. Atualmente, sua extração é de cerca de 46 mil barris por dia, além do gasoduto Urucu-Coari-Manaus que tem capacidade de transportar 5,5 mil metros cúbicos por dia.

No entanto, é o setor de serviços a maior fonte do PIB municipal. Há um número grande de shoppings, incluindo os mais luxuosos, e comércios populares, como mercados e feiras, que compõem a paisagem e a economia metropolitana. O turismo também é uma atividade de significativa importância para a economia RMM. Foi o 8º destino brasileiro a receber turistas estrangeiros em 2013. Atrações como o encontro das águas (Rio Negro-Solimões), praias de água doce luxuosas, como a praia de Ponta Negra e o Teatro Municipal estão incluso nos pacotes de viagem.


Figura 2: Encontro das águas do Rio Negro e do Rio Solimões


Há um número significativo de hotéis e atrações turísticas que utilizam do exotismo da selva amazônica, da fauna e da população indígena para lucrar, reforçando a noção de “turismo ecológico”. Não é difícil, próximo ao mercadão da cidade, ver profissionais vendendo passeios de barcos a preços exorbitantes. O passeio inclui o encontro das águas; a visita a um vilarejo pobre onde meninos que moram em palafitas saltam no barco com filhotes de jacaré e preguiça em troca de uns trocos que os turistas lhes dão; almoço e nado com os botos cor-de-rosa e a visita à uma tribo que vende artesanatos.

Todavia, Manaus apresenta características muito distintas da noção de “selvagem”. É uma cidade altamente urbanizada, com equipamentos de infra-estruturas, saúde e educação (abriga a Universidade Federal e a Universidade Estadual do Amazonas). Porém, é importante ressaltar que boa parte da população da cidade é pobre. Segundo o Censo Demográfico de 2010, Manaus está na 24ª posição em relação à renda mensal per capita nos domicílios, com R$ 912,63.

Já as cidades vizinhas que compõem a RMM, tem como atividade econômica a agropecuária e fornecem mão-de-obra para a capital. São carentes de infra-estruturas, principalmente nas comunidades rurais, demonstrando uma grande desigualdade de renda e de acesso a moradia, alimentação, saúde e educação por parte de seus habitantes.

Uma característica marcante e de experiência única no Brasil é a relação que os moradores do local têm com seus rios, em contraste ao padrão de transporte rodoviário brasileiro. Em um primeiro momento da história da região, em que as comunidades tradicionais se estabelecem às margens dos rios em uma ligação floresta-rio, como ainda é possível se observar nas pequenas cidades, após a década de 1960 com a intensificação da urbanização encontramos a relação floresta-rio-cidade, ao qual, “habitantes podem estabelecer a dimensão de espacialidade a partir do encantamento da realidade física” (CAVALCANTE et al, 2010).


Referências Bibliográficas


CAVALCANTE, K. V.; FRANCHI, T.; LOPES, R. H. Região Metropolitana de Manaus: Características e Dilemas do Desenvolvimento de uma região metropolitana na Amazônia. In.: Revista Online Chão Urbano. Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 1-19, Jun 2010. Disponível em <http://www.chaourbano.com.br/visualizarRevista.php?id=2> Acessado em 15/09/2016.


Figura 1 - Ilustração da Região Metropolitana de Manaus, de acordo com sua divisão política.

Disponível em:

<http://frankchaves-ita.blogspot.com.br/2015/01/senadora-sandra-braga-reacende-chama-da.html> Acessado em: 15/09/16.


FREITAS, Eduardo de. Clima brasileiro

Disponível em:

<http://brasilescola.uol.com.br/brasil/clima-brasileiro.htm>. Acessado em: 15/09/16


IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2015.


Disponível em:

<http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2972> Acessado em 15/09/2016.


Regiões de Influência das Cidades - 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv40677.pdf> Acessado em: 15/09/16.


Valor do rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios particulares permanentes - total: comparação entre as capitais, segundo o Censo Demográfico 2010.

Disponível em:

<http://cidades.ibge.gov.br/comparamun/compara.php?coduf=0&codv=V10&dir=desc&idtema=108&lista=CAPITAIS&order=dado> Acessado em: 15/09/16.




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