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TKCSA: o Rio de Janeiro no século XIX

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) é uma das maiores siderúrgicas do Brasil e da América Latina. Localizada em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. A empresa beneficiará o minério retirado no estado de Minas Gerais pela Companhia Vale do Rio Doce, que é uma das sócias do empreendimento junto com o grupo ThyssenKrupp, que é o controlador. A produção está voltada para a exportação de placas para serem laminadas nas unidades da ThyssenKrupp no Alabama (Estados Unidos) e Alemanha que por sua vez venderão o produto final para a indústria automobilística e de eletrodomésticos.


Desde a fase da construção da fábrica, já houve diversas denuncias, como violações de direitos humanos cometidas pela empresa ao impedir que populações seguissem com seu modo de vida tradicional, expulsando-as do mar, junto com os camponeses sem-terra banidos de seu acampamento para a chegada da usina. Também existe denuncia da utilização de mão de obra em condições análogas à escravidão, assim como o emprego de operários chineses sem documentação nas obras de instalação da empresa. Junto com o IBAMA, Atribui a empresa também à responsabilidade de desmatamento da vegetação nativa da Baía de Sepetiba e ambas as ações levaram ao embargo da obra.


Foram “vultosas somas de dinheiro públicos investidos” na TKCSA, cujo total chega a R$ 5 bilhões, entre empréstimos do BNDES, doação de terrenos, isenções fiscais, estaduais e municipais. Recentemente foi denunciada uma nova manobra da empresa para pagar menos impostos e tentar amortizar os impactos negativos à sua imagem que os escândalos dos últimos anos vêm produzindo junto à opinião pública. Por meio de um acordo negociado com a Prefeitura e aprovado pela Câmara de Vereadores do Rio, em outubro de 2010, a TKCSA recebeu generosas isenções fiscais de ISS (Imposto Sobre Serviços). Somente entre 2011 e 2013, os dados da Prefeitura mostram que a empresa não pagou R$ 20 milhões em impostos.


Fonte: http://www.camelourbano.com.br


A Siderúrgica aumenta em 76% as emissões de CO2 na cidade, além de inviabilizar a pesca, causar epidemias de doenças de pele e da vista, e provocar enchentes.

Está sendo construída a ciclovia Largo do Machado-Cosme Velho, que busca apresentar uma imagem mais sustentável da cidade. A TKCSA está custeando a obra, no valor de R$ 1.442.854,00. Ou seja: a empresa deixa de pagar 20 milhões e depois “compensa” esta renúncia fiscal com um valor 14 vezes menor.


Fonte: http://www.industriahoje.com.br/csa-testa-projeto-para-eliminar-emissao-de-gases-na-siderurgia


Caso a TKCSA tivesse pagado seus impostos em dia nos últimos anos, poderia ter sido construído mais de 15 ciclovias no valor da atual.


Referências:


Caso TKCSA: o Rio de Janeiro no século XIX, 2012 - Disponível em: http://riotoxico.hotglue.me/santacruz


Ciclovia em Laranjeiras: nota de posicionamento sobre acordo entre TKCSA e Prefeitura do Rio de Janeiro, 2015 - Disponível em: http://www.pacs.org.br/2015/04/22/ciclovia-em-laranjeiras-nota-de-posicionamento-sobre-acordo-entre-tkcsa-e-prefeitura-do-rio-de-janeiro/


Justiça impede licença de operação para Companhia Siderúrgica do Atlântico, 2016 - Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-09/justica-impede-licenca-de-operacao-para-companhia-siderurgica-do-atlantico


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