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A era Meiji e a inserção à fase monopolista do imperialismo

Analisar a história japonesa tendo em vista sua posição enquanto uma das principais potências econômica e tecno-produtiva mundiais atuais, implica sobre tudo, buscar situar sua formação econômico-social, particularidade esta na qual emergiu sua condição enquanto tal que nos remete à um mergulho na fase monopolista do capitalismo que compreende a viragem entre os Séculos XIX e XX. A história Japonesa é dividida na historiografia oficial em diferentes eras e períodos, cada um desses divisores de água na história do país. O que nos ateremos será a primeira de sua fase imperialista, conhecida como: Período Meiji que se estende de 1868 a 1912.

Ao que se conhece o Japão conta com pelo menos 6000 anos de história da sua civilização. Vale destacar que o território conta com uma miríade de culturas historicamente desenvolvidas, cujas principais diferenças estão marcadas pela sua linguagem, esta que faz diferir as bases de pensamento dentre elas.

O período Meiji será o momento de inserção do Japão no processo de modernização das suas bases produtivas e sociais, para assim adentrar ao regime de acumulação via industrialização e reafirmar sua posição enquanto Imperialismo conforme pode ser observado no mapa a seguir.

Fonte: socialiesylengua.blogspot.com.ar

Como podemos observar, tais mudanças em sua formação socioespacial trouxeram consigo transformações radicais de um processo forçado de industrialização em um curto espaço de tempo implicando na incorporação de territórios adjacentes, dentre eles a Korea.

Essa modernização teve como base a generalização da violência que muitos filmes japoneses, em uma perspectiva muitas vezes romântica e nacionalista, revelam. Um deles que podemos destacar é o filme Rurouni Kenshin(2012), baseado em um Anime dos anos 1990, o filme envolve a trama de um antigo samurai que busca esquecer seu passado de samurai na era fuldal na crise da era Edo (espécie de um modo de produção correlato ao Feudalismo, mas que não é correto considerar enquanto tal) buscando inserir-se em uma nova era prospera sem perder as tradições milenares que o constituem enquanto samurai defensor de sua pátria e valores bucólicos.

A cidade de Tókio já inserida nesta estrutura, torna-se capital por volta de 1500, resultado de uma disputa pelo império dentro do processo de unificação do Japão, ocorrido após o período do xogunato. No século XIX se abre economicamente ao ocidente, o que promove mudanças desde na forma em que guerriavam, até na estrutura social-política e econômica. No mapa a seguir podemos ter uma base do traçado da cidade de Tókio altamente desenvolvida desembocando no seu acesso ao mar.

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a7/Tokio1896.jpg

Sendo assim, a cidade passa a ser central na difusão de uma nova ordem social que será irradiada pelo território e nesse sentido, dilacerando todos os elementos que sejam impeditivos para a efetivação dessa nova ordem social que o país é incorporado. Assim, a cidade passa a ser o cenário e reafirmação do poder econômico japonês até a sua fase mundializada do Capitalismo.

Fontes:

Revolução Industrial Japonesa: Revolução Meiji. Acessado em 03/11/2016: http://mundo-nipo.com/cultura-japonesa/historia-do-japao/08/05/2015/revolucao-industrial-japonesa-revolucao-meiji/

Santos, M. As noções de Totalidade, de formação social e de renovação da Geografia. IN: Por uma Geografia Nova. Editora Hucitec,São Paulo, 1980.p.191-199

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