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Ocupação e territorialidade de Detroit

A cidade de Detroit, capital do estado de Michigan, foi o primeiro estabelecimento europeu no continente americano feito consideravelmente acima do nível do mar. O primeiro registro referente ao local é datado de 1670, quando missionários franceses encontraram índios venerando uma estatueta feita de pedra e a destruíram com um machado; a partir daí alguns dos primeiros colonos a se instalarem plantaram 12 Pereiras Missionárias, cada uma com o nome de um dos doze apóstolos.


Posteriormente, o nome “Detroit” tem sua origem do rio Detroit, cuja semiologia tem origem no francês, “le détroit du Lac Érie”, ou o estreito do lago Erie, que ligava o lago Huron ao lago Erie, este que incluía também o rio e lago St. Clair (Santa Clara).


O rio Detroit.

Fonte: https://static1.squarespace.com/static/55e33900e4b01c33a57ae0cc/t/55efa535e4b0d890bd60e00f/1441768758389/


Já em 1698, o senhor de Cadillac liderou um grupo para o continente americano com cem homens com o intuito de estabelecer um assentamento capaz de oferecer abrigo para aliados da coroa francesa, e estabeleceram um posto chamado “Fort Pontchartrain du Détroit” que foi posteriormente assumido por oficiais do exército na Nova França. Imediatamente depois foi fundada a igreja Ste. Anne de Détroit, a segunda mais antiga igreja católica a continuar operando nos EUA, tendo sido a primeira estrutura a ser erguida em Detroit.


O principal negócio era a troca de peles com os índios locais, utilizando bens supridos por Montreal e Nova Orleans, que era mantida principalmente com as tribos aliadas à causa francesa na disputa contra os ingleses. A partir da tomada de poder britânica, e com o Tratado de Paris de 1763, a Nova França tornou-se Quebec, e o forte de Detroit tornou-se simplesmente “Detroit”, a partir daí promessas de concessões de terras gratuitas começaram a atrair colonos, e a população local cresceu até cerca de 800 pessoas em 1765.


Com um fluxo constante e crescente de colonos passando entre os estados de Nova York e Ohio, a população foi se espalhando ao longo da costa dos lagos Erie e Huron; após diversas contendas contra os índios e a vitória da expedição de Sullivan contra os Iroqueses, o corredor de passagem para os colonos ficou livre, e o Detroit acabou acolhendo uma boa parte destes.


Ao longo do século XIX, a cidade de Detroit se desenvolveu num contexto de comércio e indústria prósperos, se espalhando ao longo da Jefferson Avenue, com fábricas de manufaturas se instalando próximas aos meios de transporte próximos ao rios e ferrovias paralelas. Mansões da dita Era Dourada, ao final do século XIX, foram construídas a leste do atual centro; já pelo século XX, os arranha-céus foram surgindo no centro de Detroit. A expansão suburbana se averigua após a Segunda Guerra Mundial, com também o crescimento da indústria automobilística; a região metropolitana de Detroit deve à migração uma importância em relação ao desenvolvimento de sua economia e cultura.


A instalação da cidade próxima ao rio facilitava o transporte. Fonte: https://littleblackkitchen.files.wordpress.com/2014/07/baton1.jpg


Nos anos 1990 e 2000, a cidade experimenta uma revitalização; muitas áreas da cidade são consideradas marcos históricos. Neste novo século, a cidade passa por ajustes, principalmente pela migração populacional rumo aos subúrbios.

Detroit em decadência.

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/_ddvtDcLduHc/TCtTwggTReI/AAAAAAAAAcI/d_6Tmbfjgnk/s1600/Detroit+decadente+8.jpg


BIBLIOGRAFIA

WOODFORD, Arthur M. (2001). This is Detroit 1701–2001. Wayne State University Press. ISBN 0-8143-2914-4., p. 19;

RILEY, John L. (2013). The Once and Future Great Lakes Country: An Ecological History. McGill-Queen's University Press. ISBN 0-7735-4177-2., p. 56;

MARTELLE,Scott. Detroit: A Biography (2012).


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