Um panorama do processo de urbanização
Para os países da América Latina a metropolização seria a produção de um espaço com a dimensão e a qualidade superiores de urbanização, o que por sua vez não não excluiu a segregação do território e da sociedade.
Nos primeiros períodos da urbanização de Santiago podemos estabelecer uma urbanização muita baixa e a formação de um mercado internacional, mas a cidade representava o símbolo e o instrumento das grandes transformações sócias, geradora dos impulsos modernizantes, a semente que faria germinar as instituições, a cultura necessária para conseguir a articulação interior do país e da sua integração nas correntes civilizadoras proveniente das sociedades industriais.
Devido a esse símbolo houve uma intensa migração de camponeses e mineiros para a capital a partir de 1930, assim iniciou-se um processo de desenvolvimento acelerado e rápido que transformar completamente a aparência da cidade. Consequentemente, em 1940, a cidades foi reconhecida por sua vida boêmia; bares, restaurantes, cafés, intelectuais e políticos de várias nacionalidades permitiu o surgimento de um desenvolvimento cultural iniciado em o início do século XX.
Simultaneamente a isso, foi o aumento da população das bordas urbanas: para o leste, pela a ação das classes média e alta; norte com os estratos mais baixos; e ao oeste e ao sul pelas classes média e baixa. Enquanto isso, o centro reduziu sua população e gradualmente evoluiu para um centro administrativo e comercial.
A causa por trás desta nova forma urbana é a mudança na tecnologia de transporte e os meios técnicos, os quais permitiram o avanço para o interior. O motor diesel transformou completamente a maneira em torno da cidade que permitiu urbanização e assentamento de novas comunas.
O crescimento da cidade acarretou a uma série de iniciativas para planear e gerir a expansão urbana. Em 1979, elaborou-se um decreto de uma "política nacional de desenvolvimento urbano", que mudou radicalmente as orientações estabelecidas pelo plano intercomunal 1960, afirmando que o solo urbano não era um recurso escasso e, portanto, a definição de um sistema de planejamento flexíveis restrições investidores libertados como a periferia urbana ou de proteção cinto suburbano. O fruto negativo dessa politica foi a divisão das terras agrícolas, que resultou aumento da cidade, realçou a segregação espacial que aumentou os tempos de viagem e poluição.
As restruturações pós-anos 1970 culminaram em uma etapa de crescimento econômico sustentado, reindustrialização e terceirização do aparato produtivo, com progressiva recuperação da tendência à concentração metropolitana em Santiago. Nesse processo, intensificou-se a suburbanização tanto de atividades produtivas como de população na área metropolitana de Santiago. Do ponto de vista arquitetônico, surgiu e se consolidou um conjunto de novos artefatos urbanos.
Foto 1: Bonde elétrico na rua em Providencia, 1927.
Foto 2: Conventillo de 1930.
Foto 3: Edifícios em construção, Santiago, a 1948.
Foto 4: Torre Iglesia San Francisco, Alameda, por volta de 1960.
Foto 5: Vista panorâmica de Santiago do Chile.
Foto 6: Construção Metrô.
Referências:
LEMOS, Amália Inés Geraiges. A METROPOLIZAÇÃO NOS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, v. 13, p. 7-36, oct. 2011. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/53806>. Acesso em 02 dez 2016.
MEMÓRIA CHILENA. Santiago (1930-2006). Disponível em: <http://www.memoriachilena.cl/602/w3-article-3414.html>. Acesso em 02 dez 2016
MOURA, Rosa. A dimensão urbano-regional na metropolização contemporânea. EURE (Santiago) [online]. 2012, vol.38, n.115, pp.5-31. Disponível em: <http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0250-71612012000300001&lng=es&nrm=iso>. Acesso em 02 dez 2016