A (des)consolidação metropolitana e racial de Detroit
Como uma vez disse Coleman Young, cinco vezes consecutivas eleito prefeito da cidade de Detroit, assim como primeiro o primeiro “afro-americano”: “O racismo está por trás de muitas das questões da Detroit “suburbana”.
Detroit hoje é afro- americana”, sendo que de cada dez detroitianos, oito são afro- americanos, e todas as instituições hoje, fora a economia, são controladas por afro- americanos. A cultura dominante é afro-americana.
A maioria dos detroitianos tem raízes sulistas. Seus pais e avôs migraram para a cidade para trabalhar na indústria automobilística; e assim que entraram na zona urbana tornaram-se parte de uma minoria política maltratada. A opressão sulista foi substituída por sua variação Nortenha. Eles suportaram estas indignidades, discriminação e preconceitos parcialmente porque, para muitos, a vida era menos pior no sentido material. Estes aprenderam a aspereza da opressão racial poderia ser parcialmente suportada por relações familiares fortes, Igrejas e laços bairristas. Contorceram-se na aurora da sindicalização por igualdade da esfera de trabalho, e estavam profundamente ativos nos movimentos de direitos civis nas décadas de 50 e 60, e nos movimentos de empoderamento negro que vieram como resultado de seus sucessos.
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A foto 1 ilustra bem a grande presença da população negra na cidade; 1 pessoa, 1 ponto; logo, os pontos verdes são a grande maioria da cidade, o que comprova a maior presença de afro-americanos, em relação a outras etnias, em Detroit. Nada na história recente de Detroit excitou e uniu tanto os cidadãos quanto a aquisição de poder pelos negros. Quando Coleman Young venceu a corrida eleitoral de 1973, isto visto pela maioria da população negra como uma vitória de proporções grandes. Porém, a vitória teve seus custos.
Foto 2: Protesto de pessoas afro-americanas, ano 2013, em Detroit. Retirado do Blog: ECLECTA BLOG (2013)
Antagonismos raciais já existentes foram exacerbados, mais brancos abandonaram a cidade, a cidade continuou a ficar vaga. Em suma, a política de Detroit não é nada se não racial.
Antes da administração de Young, a cidade estava nas mãos de corretores, de poder por parte dos brancos, que possuíam tendências racistas, estando eles cientes delas ou não. Detroit, na década de 50, não era uma Mecca para a liberdade e dignidade afro-americanas. Como alguns disseram, era a terra prometida oportunidade e crescimento econômico no Boom do pós-guerra. Comparando com o que? Comparado com plantio. No entanto, não era a terra da igualdade de oportunidade, um jargão habitual do liberalismo. “Igualdade de oportunidade” é uma afirmação geralmente oca em situações multiculturais quando um único grupo concentra os meios de produção e o acesso as empregos.
Conclui-se que as mudanças técnicas (ou saída delas, neste caso) são cruciais até para a espacialização das etnias, fazendo com que, quando não há tanta diversidade de técnica, os grupos mais desenvolvidos (tecnicamente e economicamente) saiam da cidade de Detroit, resultando na permanência, em quase sua grande maioria, da população menos privilegiada (a população afro-americana, neste caso).